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O que está por trás da compulsão por doces?


As vezes comprometemos um dia ou uma semana inteira de alimentação saudável por conta da vontade incontrolável de comer um doce, principalmente na TPM.O problema é que nesses momentos, nunca fica no um.


Come-se um, dois, três.... Quando consumimos muitos doces, o ganho de peso é sobretudo em gordura abdominal, já que eles estimulam a liberação de insulina, hormônio que metaboliza o carboidrato para que ele não se transforme em açúcar no nosso corpo, e a sua produção em excesso gera maior acúmulo de gordura.


Funciona assim: você ingere açúcar ou carboidrato simples ( arroz e pão brancos, macarrão, biscoito, doces e guloseimas)e sua a liberação de insulina aumenta, o que faz seu organismo entender que você precisa repor a energia que foi embora.


Logo, você “precisará” comer mais açúcar, voltará a estimular a insulina e assim sucessivamente, favorecendo a compulsão e fazendo com que seu corpo entenda que você precisa de açúcar e carboidrato o dia inteiro.


É bem comum que o quadro esteja ligado ao estresse e à ansiedade. Se algo afeta a pessoa ao longo dia, ela vê a compensação no doce e inicia-se o ciclo vicioso que expliquei aqui em cima.


Outro fator relevante é o aumento do cortisol (o hormônio do estresse), que também aumenta insulina.


Ele é produzido quando o corpo está sob tensão, principalmente quando a pessoa não dorme bem. Para vocês entenderem melhor o impacto, saibam que duas horas a menos de sono pode aumentar a fome em 24% no dia seguinte. Com o cortisol desregulado e com a produção de neurotransmissores calmantes, adivinhem onde o corpo busca energia?


No açúcar, claro.O problema está na sua rápida absorção, uma hora depois o efeito já passou e aí lá vamos nós em busca de mais. Ao dormir bem, produzimos serotonina e dopamina, substâncias calmantes que controlam a ansiedade e regulam humor e saciedade, mas é possível que a pessoa não tenha condições de produzi-las de maneira satisfatória pela falta de triptofano, magnésio, vitamina B, cromo, etc.


Por isso é essencial termos matéria-prima para produzi-las, que vem da alimentação. Consumir os alimentos que o corpo não metaboliza bem também interfere na produção dos neurotransmissores e pode ser a chave para o tratamento da compulsão. Evite misturar tipos de carboidrato nas refeições; por exemplo purê de batata e arroz branco, macarrão e arroz.


Adicione fontes de fibras como sementes de abóbora, girassol ou chia para diminuir o impacto do carboidrato no organismo; você poderá colocar em cima do prato cada dia uma diferente. Procure consumir um tipo de proteína com o carboidrato para absorção ser mais lenta e você não entrar no ciclo vicioso que falamos aqui..

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