IHGMT INAUGURA ACERVOS E OUTORGA MEDALHA CENTENÁRIA AOS SÓCIOS EFETIVOS, EM SEU CENTENÁRIO
O Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, centenária instituição, organizou, ao longo de 2019, uma série de eventos que para marcar os 100 anos de sua profícua e ininterrupta existência. O primeiro evento ocorreu no dia 9 de abril, um CULTO ECUMÊNICO, do qual fizeram parte 6 linhas religiosas, cujas mensagens foram de vida longa para nossa Instituição. Em seguida, foi lacrada a CÁPSULA DO TEMPO, detentora da memória da Instituição e dos sócios contemporâneos e que será aberta só em 2019. 2119.
Foto: Osmar Cabral Filho, 2019
Foto: Osmar Cabral Filho, 2019
O segundo evento ocorreu no dia 11 de abril, quando a Prefeitura Municipal de Cuiabá e o IHGMT fizeram a Outorga de Medalhas, a Prefeitura, para os ex-prefeitos, e o Instituto outorgou sua Medalha ao Presidente de Honra da Instituição, o Arcebispo D. Milton Santos, aos Sócios Honorários, aos Ex-presidentes e também ao mais antigo Instituto Histórico criado no interior de Mato Grosso, o de Cáceres, e ao mais recente, de Poxoréu.
Foto: Osmar Cabral Filho, 2019
O evento de 30 de abril tem uma dupla função: A primeira é de tornar público os acervos doados pelos sócios Therezinha de Jesus Arruda, constituído de uma Biblioteca de 2.155 títulos, das áreas de Brasil, Mato Grosso América e de Conhecimentos Gerais. Para nosso júbilo, Therezinha se faz presente entre nós e pessoalmente assinará o termo de doação.
O segundo acervo organizado e recolhido pelo Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso pertenceu ao saudoso sócio Afrânio Corrêa, cuiabano de nascimento e cuja Família doou, após sua morte, parte de sua biblioteca, num total de 2.533 títulos, nas áreas de Brasil, Mato Grosso e Conhecimentos Gerais.
O terceiro e último acervo incorporado ao arquivo do IHGMT, pertenceu ao jornalista Raimundo Maranhão Ayres, personalidade que fez Mato Grosso ser conhecido internacionalmente. Esse acervo, muito especial, foi doado pelos seus filhos, Dr. Humberto Maranhão Ayres e Aimée Maranhão Ayres Ferreira. Trata-se de riquíssimo conjunto documental acumulado pelo titular ao longo de sua existência, num total de 359 peças, dentre artigos de jornal, autobiografia, insígnias e textos inéditos.
A segunda parte do evento será dedicada à outorga da Medalha Centenária aos Sócios Efetivos, momento em que se homenageará os colaboradores da Instituição.
A medalha presta uma dupla homenagem: ao Centenário do IHGMT (1919-2019) e aos 300 anos de Cuiabá (1719-2019).
A face principal da Medalha Centenária estampa os 100 anos do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso e foi inspirada no dístico criado pelo seu primeiro presidente, D. Francisco de Aquino Corrêa: Pro Patria Cognita Atque Immortali, que, traduzido do Latim significa Pela Pátria Conhecida e Imortal. Isso ocorreu no dia 8 de abril de 1919, quando D. Aquino proferiu o discurso de instalação do denominado Instituto Histórico de Mato Grosso, durante o evento comemorativo do bicentenário de Cuiabá.
Na outra face estampa o Brasão Oficial de Cuiabá, criado em Lisboa, no ano de 1726/7, quando o Arraial cuiabano, que à época integrava a capitania de São Paulo, fora elevado à categoria de Vila, sob a denominação de Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá, então, a raia máxima da fronteira oeste do Brasil colonial. De acordo com as orientações da Coroa Portuguesa, seria o mesmo representado por um escudo dentro de um campo verde e nele um morro ou monte salpicado de folhetos de ouro.
Em cima do escudo, uma fênix, símbolo da infinitude e do eterno renascer, consagrando os propósitos da Coroa lusitana em demarcar, para sempre, sua presença, uma vez que, à época, ainda se encontrava em vigor o Tratado de Tordesilhas, que tinha por base demarcatória uma linha imaginária, e Cuiabá representava a raia máxima da fronteira oeste, baluarte dos avanços e responsável por garantir esse território em nome da coroa portuguesa.
Já o campo verde, bastante alongado, simbolizava a fertilidade do solo, assim como remetia à distância que a Vila Real do Sr. Bom Jesus se colocava com relação ao litoral. O morrete de ouro, por sua vez, evoca a primeira atividade produtiva da região, a mineração aurífera.
O Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso comemora, com muita alegria e orgulho, seu centenário durante todo ano de 2019, incluindo exposições, cursos de História e Geografia e lançamento de Revista alusiva à data.