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Empório Cuiabano oferece artesanato e cultura popular em shopping de Cuiabá


Sapatos, camisas, joias e, de repente, em uma visão daquelas que te faz dar um passo para trás e conferir a paisagem. Lá está ele, o Empório Cuiabano. Destoando das tradicionais vitrines de shopping, o espaço carrega consigo, como aponta uma das responsáveis, Enizete Gomes, um “ambiente místico” e que leva os visitantes a olharem para o tradicional de forma reinventada.


Localizada no primeiro piso do Shopping Goiabeiras, a loja é um dos recantos para aqueles que apreciam produções artesanais e que “contam histórias”, como destaca Enizete. Há dois anos fazendo esquina entre butiques e um café, o espaço propõe encontros não só pela localização, mas, também, por se prestar ao diálogo entre os apreciadores do tradicional tricô até aqueles que buscam obras exóticas como o Amigurumi, técnica para feitura de animais de brinquedo importada do Japão.


“A loja se propõe oportunizar a um grupo de artesãs viver da arte e não só sobreviver, a ter vidas dignas. O ambiente possibilita que as pessoas conheçam um pouco mais esse trabalho. Outro ponto que priorizamos é a proposta de fortalecer a cultura”, se alegra Gomes.


A casa das sete mulheres


Coordenado de uma equipe formada por sete mulheres, Enizete faz questão de destacar que o espaço é para vazão do intento artesão, mas também é um comércio. Assim, elas vivem a se equilibrarem entre a realização de fazerem o que gostam e, também, de serem comerciantes.


Em contraste às produções manuais, sete maquininhas de passar cartão estão alinhadas em um canto da mesa, deixando bem claro que cada empreendedora é responsável direta por suas produções.


“Eu sinto que nós encontramos uma maneira de entrar no mercado, sem deixarmos de ser mulheres”, aponta Gomes com entusiasmo.


Retorno ao lar


Entre macramés, patchworks, bordados, costura e cerâmicas, a loja ilustra um cenário de casa de avó, em todo o seu aconchego. Todavia, diante das inúmeras produções, as mandalas da fé são o carro-chefe do comércio.


Carregadas de espiritualidade, as mandalas são uma produção original de Enizete, que desde sempre atraíram os olhares curiosos dos visitantes. “As pessoas ficam encantadas com as peças. Às vezes, me perguntam se eu não produzo a ‘Santa Ceia’ em telas quadradas, eu sempre deixo claro que prefiro o formato circular e expansivo das mandalas”, destaca a gerente do espaço.


Para ela, o círculo que serve de base para as obras são um convite ao eterno, isto é, elas “crescem” quando colocadas nas paredes.


Quando questionada sobre o fomento à produção regional, Enizete é sucinta ao dizer: "Eu acho que o regional está em quem faz, está nas pessoas. Onde eu encontro o artesanato cuiabano? É onde está o povo, e o povo faz muitas coisas”.


Sementes


Em funcionamento há dois anos e superando diariamente as dificuldades de vender artesanato em um shopping, o Empório se mostra consistente em sua proposta de renovar o tradicional sem perder a essência do básico.


Nesse sentido, Gomes reconhece que o conceito da loja já alcançou outros espaços: “Tínhamos uma colaboradora que trabalhava conosco e se mudou para São Paulo. Lá, ela desenvolve um trabalho semelhante ao que fazemos aqui, também em um shopping”.


Outro fruto da casa é o ateliê situado em frente à loja. No espaço, as empreendedoras realizam oficinas e minicursos àquelas interessadas em se profissionalizarem.


Quando questionada sobre o ateliê, a gerente destaca que: “Olhar para esse espaço é como olhar para um sonho realizado”.


O ambiente de cursos funciona em horário comercial vespertino, onde são ministradas aulas em diversas modalidades de artesanato.


As aulas alcançam diversos valores, variando de R$ 28,00 a R$ 290,00, a fim de que mulheres e homens de diversos grupos sociais consigam acessar aos ensinamentos.





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