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Mulheres de Cuiabá vão às ruas em busca de direitos iguais

Cerca de 100 mulheres se reuniram na Praça Alencastro, nesta sexta-feira (8)

"Cada uma segurando a mão da outra, cada uma cuidando da outra", cerca de 100 mulheres na praça Alencastro, em Cuiabá, entoavam palavras de ordem e reivindicavam pelos seus direitos neste 8 de março.


Mato Grosso é um dos estados em que mulheres mais morrem por questões de gênero, o chamado feminicídio.A ideia, de acordo com as organizadoras, é que mulheres se unam para combater as violências que as assolam todos os dias.


Professora Lélica Lacerda, 34, explicou que desde 2016 um conjunto de mulheres se reúne em uma frente chamada "Mulheres na Luta", em que todo 8 de março um evento é realizado em conjunto com o chamado internacional. A partir das reuniões é feita uma análise da conjuntura nacional e um recorte das pautas importantes.


"Neste ano a gente decidiu ir para rua fazer um enfrentamento das agendas de retrocesso que a gente vem passando dos nossos direitos. São perda de direitos trabalhistas, previdenciários, sociais. A gente vive em uma sociedade em que a violência contra mulher é um padrão normalizado", explicou.


Para ela, é importante levar à luta das mulheres a público para conscientizar a população a respeito das violências e, talvez, mudar o cenário de morte e agressões em que mulheres são submetidas.


"Mato Grosso é um dos estados onde mais se mata mulheres no mundo. A gente também vem na praça pública para denunciar estas violências, desde o poder econômico, da sua vida, do seu corpo. Estamos submetidas sistematicamente a um conjunto de violências", disse.


Compositora Gê Lacerda explicou que a intenção é chamar os olhares para os direitos das mulheres e que elas sejam protagonistas de suas lutas. Ainda, querem mudar as estatísticas ruins com relação a ser mulher no país e no estado.


"Temos a capacidade de nos organizar. Agora estamos reivindicando pela Marielle [Franco]. Ela representa essa mulher, essa luta, essa violência contra nós. Precisamos dar um basta, tem que unir e vir para luta. Esse evento é justamente para isso, para falar que as mulheres têm para onde ir e com quem lutar juntas", explicou.


Defensora Mayla Cassiano Ourives, do Núcleo de Defesa da Mulher, fez a panfletagem no ato no intuito de conscientizar mulheres que vivem em situação de violência. Ela explicou que existem pessoas que vivem em risco mas não sabem como procurar ajuda. Por isso, expor as violências é fundamental para combatê-las.


"Através da educação é possível da gente modificar as pessoas. Por meio do esclarecimento, da escola, para que ao longo do tempo as pessoas possam ir se transformando e aceitando a mulher em si na sua natureza e se conscientizando que ela tem os mesmos direitos que os homens", finalizou.

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