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Culto ecumênico homenageia jovem em situação de rua que morreu em Cuiabá



Menina alegre, que adorava dançar funk. Essas são as memórias que as pessoas próximas de Danila Correia Benítez têm da jovem de 23 anos, que morreu na última semana, com algumas complicações de uma Cirrose.


Um culto ecumênico realizado nesta quarta-feira (24), homenageou a jovem, que estava em situação de rua, no Beco do Candeeiro, em Cuiabá.


Há três anos, Danila integrava o projeto ‘Psicanálise nas Ruas’, um movimento em prol das pessoas em situação de rua, redução da violência e conquista da saúde mental e física na Capital.


O projeto do Laço Analítico Escola de Psicanálise com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), funciona como uma clínica de baixo custo, ou até custo zero, para atender pessoas em situações sociais críticas.


Danila, que tinha o sonho de ser dançarina de funk, ocupava uma casa no Beco do Candeeiro. Certo dia, ela passou mal e seguiu até um hospital, onde descobriu que tinha uma série de doenças. O principal causador de o seu mau estar era a Cirrose, uma lesão hepática crônica resultante de uma variedade de causas, levando à formação de cicatrizes e insuficiência hepática. Aflita, ela acabou fugindo do hospital e voltou a sua “moradia”. Com um quadro de saúde agravado, ela foi localizada sangrando. Encaminhada ao Pronto Socorro Municipal (PSM), ela não resistiu aos ferimentos e foi a óbito. Desde então, a equipe do ‘Psicanálise nas Ruas’ se mobilizou para ‘impedir’ que ela fosse enterrada como indigente. A mãe e o padrasto da jovem foram localizados e auxiliaram com questões burocráticas junto ao Instituto Médico Legal (IML) e Perícia Técnica (Politec).


Após uma semana, Danila teve o velório no Beco do Candeeiro, local morou e alegrou a todos até seus últimos dias de vida. “Todo mundo gostava muito da Danila.


Ela era muito alegre, dançava funk muito bem. Ela era uma das meninas do funk. Tem três meninas que dançam e alegram a moçada. Ela era uma delas”, lembrou a mestranda em antropologia e integrante do projeto, Gabriela Rangel ao Olhar Direto. “Todos ficaram aliviados.


A população de rua agiu como uma rede, que sustentou a dignidade dela até o final”, concluiu.


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