No Centro de Cuiabá, grupo troca flores por abraços; movimento cresce na cidade
Grupo passou a circular pela cidade e no domingo, realiza ato na Praça da República
“Nossa, eu estava precisando tanto de um abraço”, disse um homem que passava pelo centro da cidade e foi abordado por um grupo que trazia flores nas mãos. A professora doutora da UFMT e ativista social, Maria Thereza Azevedo, conta que “puxou” a fila do primeiro contato.
“Todo mundo estava meio sem jeito, mas eu já fui logo lá, trocando uma flor por um abraço. As pessoas nos agradeciam. Mas fomos nós os mais ajudados”, relata Maria Thereza, idealizadora do Coletivo À Deriva, grupo que anualmente realiza intervenções artísticas pela cidade.
Ela conta que o grupo nasceu da reunião de pessoas que estavam um pouco atordoadas ao acompanhar e até serem “contaminadas” pelo acirramento dos ânimos neste período de campanha eleitoral, que tomou as ruas da cidade ao tempo em que se multiplicava pelas ruas de Cuiabá.
“O primeiro encontro foi no domingo (14), na avenida Brasil, em plena feira do CPA. E então, nesta quinta-feira (18), nos reencontramos na Praça Ipiranga e seguimos pelas imediações dizendo às pessoas que encontrávamos: troco uma flor por um abraço”, conta Maria Thereza.
Agora, segundo ela, o movimento tomou maior proporção e as 12 pessoas viraram 80. “E então, virou um movimento cuja articulação temos feitos em uma comunidade do Facebook, a Pelo Direito de Existir – Artistas pela Paz”.
A ação cultural começa às 9h e apresentações artísticas tomarão a Praça da República. “Sim, também vai ter flores e abraços lá”, se diverte a entusiasta da paz, Maria Thereza.