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Projeto Muxirum Cuiabano é retomado com foco nos "novos cuiabanos"

Anúncio da nova diretoria será feito no dia 19 de março, na Residência dos Governadores

Criado em 1989 com o objetivo de exaltar as tradições cuiabanas e de realizar ações pela preservação da identidade cultural, o projeto Muxirum Cuiabano volta à atividade neste ano. Repaginado, o movimento mira suas ações no “novo cuiabano”, o cidadão que é fruto da miscigenação cultural e que vive em Cuiabá.

Além disso, o movimento com nova roupagem vai apostar também, nas ferramentas tecnológicas para intensificar sua atuação. Um dos idealizadores, Ernane Calhao, idealizado pelos irmãos Ernane e Ulisses Calhao, anuncia a eleição da nova diretoria – cuja campanha está em curso – e união de forças com outro projeto, o Famílias Pioneiras Cuiabana.


Este, por sua vez, está realizando uma pesquisa aprofundada com ajuda de colaboradores, para delinear os principais grupos que contribuíram para a formação e desenvolvimento da capital mato-grossense.


A nova diretoria será conhecida no dia 19 de março, em evento realizado na nova central da cuiabania, a Residência dos Governadores, na Barão de Melgaço. À ocasião, Ernane lançará também, o site Famílias Pioneiras . A propósito, as chapas deverão ser registradas até este sábado (10), pelo e-mail ernanicalhao@uol.com.br .

“Em 1989 o contexto da época era muito diferente do atual. Os valores e tradições cuiabanos estavam esquecidos. Os cuiabanos se sentiam em situação minoritária dentro de sua própria cidade. O processo de migração Sul-Centro Oeste – Mato Grosso apontava para uma nova fronteira agrícola, com cidadãos de outros Estados brasileiros e com culturas diferentes. Foi neste ambiente, que nasceu o Muxirum”, explica.

“A identidade cuiabana estava quase perdida. Alguns, sentia-se envergonhados de sua identidade: seu linguajar, festas tracionais, danças típicas e sua inigualável culinária estavam ficando relegados ao esquecimento. O movimento atuou de forma organizada até 1996, sob a presidência de João Batista Jaudy”. O hiato acabou e agora, retoma com fôlego renovado.


“Neste período, o Muxirum cumpriu com a sua missão. A institucionalização da cultura regional é um fato concreto: O Estado e o Município incorporaram, em suas políticas públicas, as ações culturais. Pode-se mesmo entrever, nesse período, um renascimento da cultura regional até os nossos dias. Hoje a cultura cuiabana está sedimentada e buscando um rumo dentro dos novos tempos, pois é assim que as expressões culturais se desenvolvem”, aponta.


Revendo toda a trajetória do movimento, Ernane resolveu dar continuidade ao trabalho. “A credibilidade e respeito da sociedade pelo trabalho realizado constituem um patrimônio cuiabano, ou seja, de todos. Esse é, no meu sentir, o novo foco do Muxirum Cuiabano. Todos somos cuiabanos. O velho e o novo empunhando a bandeira de sua história. A celebração do 3º século cuiabano deve ser pautado por uma linguagem de mídia que funcione como um cadinho de povos. Há um novo cuiabano para marcar a transição secular. O Muxirum Cuiabano 2018-2020 ele será essencialmente tecnológico. Afinal não há mais vida fora da tecnologia”, destaca.


O novo cuiabano, aquele já radicado, segundo Ernane, promoveu um novo entrelaçamento com as famílias antigas. "Os movimentos migratórios dos anos 80, 90 e 2000 consolidaram-se, formando as famílias que hoje constituem uma nova geração de neocuiabanos. Mato Grosso e sua capital são produtos de migrações. Mas não podemos esquecer que quem povoou essas regiões eram os povos indígenas de diferentes etnias, como os xavante, bororo, bakairi e tantas outras.


O homem branco chegou e foi criando raízes e promovendo miscigenações incluindo, também, os negros para sintetizar a cultura cuiabana, de cuiabanidade e cuiabania".


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